“Entre todas as substâncias do mundo
existem três cujos corpos sempre vemos reunidos em cada um dos seres. Estas
três substâncias –enxofre, mercúrio e sal- ao se unirem, compõem os corpos, aos
quais nada poderá ser acrescentado, exceto o sopro da vida e o que com ele se
relacione.(...)”
Paracelso. A chave da Alquimia. p. 165. 1973. Editora Três.
Para a alquimia
tradicional, aquela defendida por Nicolas Flamel e Paracelso, médicos medievais,
tudo que é matéria se densifica a partir de três substâncias: O súlfur, o sal e
o mercúrius dentro do espectro solar. Significa dizer que o ser humano também é
constituído por essas três substâncias e cada uma delas traz características que
são próprias à sua natureza.
Primeiramente o
espectro solar ou visível está relacionado à extensão dos cumprimentos de onda
onde a matéria se manifesta através das sete cores do arco íris. Para os clarividentes
que podem enxergar à aura das coisas e dos seres, nos seres humanos a aura é
composta por essas sete cores e se refere ao nosso corpo mais sutil. Para a
alquimia, as três substâncias também estão relacionadas ao funcionamento de
nosso corpo onde se apresentam correspondências com órgãos e glândulas, mas
isso será abordado em texto posterior quando trataremos dos quatro elementos
alquímicos que são responsáveis pelo movimento do corpo.
O súlfur como substância
transita entre as cores vermelha, laranja e amarela da aura e está relacionada
com a sexualidade, sensualidade, segurança, confiança e emoções como a raiva, dentre
outras. Situa-se na região do umbigo para baixo e diz respeito a nossa capacidade
de iniciativa e realização.
O sal transita entre as
cores amarela, verde e azul e se concentra, sobretudo na área do peito (coração)
abrangendo os sentimentos. É responsável pela integração do súlfur com o
mercúrius, da razão com a ação, do pensar com o agir, entre outras coisas.
O mercúrius abrange toda
a área do pescoço para cima (a cabeça) e rege o nosso intelecto, nossa
capacidade de discernimento, reflexão, intuição e sensibilidade. Transita entre
o azul índigo e o violeta.
As experiências que
vivenciamos são guardadas na aura como memória nas áreas correspondentes a cada
tipo de experiência. Muitas vezes essas experiências se configuram como trauma
e acabam por esconder nossos verdadeiros potenciais transformando nossa vida em
um verdadeiro caos gerando medos, dúvidas e inseguranças.
Atualmente no mercado existem
remédios de compostos de flores que atuam em nosso corpo e aura em ressonância
com o que ali guardamos. Esses remédios têm a capacidade de promover limpezas
nestas substâncias e eliminar “sujeiras”, traumas ou experiências que não foram
bem processadas por nós ou que ficaram mal resolvidas. Muitas vezes não temos
se quer consciência destas experiências que ficam maculadas em nossa aura
gerando, por exemplo, determinados comportamentos ou até mesmo doenças. Essas sujeiras
podem ser eliminadas através dos emunctórios naturais ou através de sonhos a
partir da toma de florais.
A limpeza através dos
sonhos é uma das possibilidades e pode ser um dos caminhos, mas não o único.
Essas limpezas ocorrem em geral quando os compostos florais feitos a partir de
flores e ervas naturais são tomados junto como florais sutis com flores que dão
o suporte cotidiano para conseguirmos mover as energias em nosso corpo e mente
para promover as limpezas e transformar aquilo que necessitamos.
Em suma, a ideia é que
os compostos de flores e ervas promovam as limpezas mais densas e os florais
sutis, que são preparados em consulta por um terapeuta alquimista, promovam as
limpezas e mudanças mais sutis.
No Brasil, a alquimia
prática foi retomada há mais de vinte anos pelo alquimista Joel Aleixo que
fabrica os remédios florais aqui mencionados baseado na alquimia antiga e
concebidos sob os preceitos alquímicos tradicionais. A despeito da formalidade
deste texto e da forma como os conhecimentos são transmitidos socialmente, agradecemos
a providência que através deste alquimista não permitiu que esse conhecimento
se perdesse, mas o mérito maior é sem dúvida a oportunidade que temos e que tantas
pessoas têm, seja através de sua escola ou através de seus terapeutas
alquimistas, de reencontrar o equilíbrio e viver uma vida mais feliz.